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Publicado em: 06/05/2015 - 06h00 Atualizado em: 05/05/2015 - 11h08

Tribunal de Justiça vai comemorar o centenário de nascimento do desembargador Rivaldo Pereira

O cardiologista Raldes de Almeida Pereiro, filho do homenageado, disse sentir-se honrado com a iniciativa do Tribunal

Des. Rivaldo Pereira

O desembargador Rivaldo Pereira será homenageado em seu centenário de nascimento pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, através da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário, que tem agora em sua presidência a desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti. A sessão solene está marcada para os dia 21 de maio, às 16h, no Tribunal Pleno. Ele teria feito cem anos no dia 9 de março passado.

Em entrevista ao Portal do TJPB, o cardiologista Raldes de Almeida Pereira, filho do homenageado, disse sentir-se honrado em saber que o Tribunal de Justiça da Paraíba vai prestar homenagem a seu pai, na passagem do seu centenário. “Sim, acho essa iniciativa gloriosa e merecedora para um homem que dedicou a sua vida à justiça. Se estivesse entre nós, meu pai vibraria! Mas nós, eu e minha família, estamos muito felizes”, declarou.

Natural da capital paraibana, o magistrado Rivaldo Pereira da Silva formou-se em Direito em 1940 pela tradicional Faculdade do Recife, tendo iniciado suas atividades profissionais como advogado em João Pessoa, onde exerceu o cargo de Suplente de Juiz de Direito.

Ingressou na magistratura como Juiz da comarca de São José de Piranhas, nomeado a 22 de fevereiro de 1945 por decreto lei. Permaneceu por mais dez anos naquela Comarca, de onde saiu promovido a 18 de junho de 1955. Passou por Cajazeiras no final da década de 50. Em 1960, chegou a Comarca de Campina Grande como titular da Quarta Vara. Em 11 de abril de 1962 foi removido para a Terceira Vara da Capital. Ele faleceu em 9 de agosto de 1978.

Era casado com a professora Maria de Lourdes de Almeida Pereira, com quem teve quatro filhos: o cardiologista Raldes Pereira, Nara Pereira, que era formada em Engenharia Civil, e Jória Pereira, que se formou em Medicina (ambas falecidas) e Kelson, que não concluiu os estudos por motivos de saúde.

Segundo Raldes, seu pai era um homem muito dedicado à família. “Sim, era preocupado com o nosso futuro, fazia todo sacrifício para que não nos faltasse nada, muito atento aos nossos estudos. Era carinhoso, amigo  e enérgico quando necessário”, relata.

Mesmo não tendo nenhum filho enveredado pela carreira jurídica, dos oito netos três se formaram em Direito. “Meu filho mais velho, Rivaldo Pereira Neto, é juiz de Direito no Estado do Rio Grande  do  Norte, o mais novo, Francisco Raldes, é advogado e trabalha no Ministério Público, em João Pessoa. Minha sobrinha Luiza Pereira Macedo, filha de Nara, é advogada e atualmente está estudando para concurso”, disse.
A mãe, dona Marai de Lourdes, foi professora de português e de francês. “Era uma pessoa dócil, inteligente, determinada, dedicada aos filhos, vaidosa e corajosa como a maioria das sertanejas. Era a sua Deusa, como meu pai a chamava quando ela estava aborrecida com alguma coisa”.
Raldes define seu pai como um homem íntegro. “Meu pai sempre foi um homem íntegro, de personalidade forte, caráter exemplar, justo e honesto ao extremo. Aqui, quero ressaltar um fato curioso; meu pai, quando usava o carro da justiça, não dava carona a nenhum dos filhos, mesmo que o trajeto fosse o caminho do seu trabalho”, revelou.

Por Kubitschek Pinheiro

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