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Publicado em: 04/02/2019 - 17h39 Comarca: Campina Grande Tags: Infância e Juventude

Vara da Infância de CG promove Círculo Restaurativo sobre prevenção da gravidez na adolescência

As integrantes da Equipe Psicossocial Cível da Vara da Infância da Comarca de Campina Grande, a pedagoga Késia Braga e a psicóloga Mayra Ribeiro, realizaram um círculo restaurativo referente ao tema ‘Gravidez na Adolescência’ com as adolescentes acolhidas na Instituição de Acolhimento “Casa da Esperança 2”. A ação aconteceu na última sexta-feira (1º) e fez parte da programação da Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência, preconizada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Segundo explicou o juiz auxiliar da Vara da Infância de Campina Grande, Hugo Gomes Zaher, a utilização da ferramenta do círculo restaurativo se deu por considerar que esta é uma metodologia que promove a reflexão e possibilita uma comunicação produtiva, eficaz e educativa. “Nesta perspectiva, o próprio grupo é responsável por construir conceitos e alternativas viáveis para os seus participantes, no que diz respeito à temática em questão”, ressaltou.

Para Késia Braga e Mayra Ribeiro, que também são facilitadoras em Círculos de Construção de Paz, a abordagem da temática da gravidez na adolescência através de uma proposta mais horizontal e reflexiva, na qual os próprios sujeitos são colocados como protagonistas do processo de construção do conhecimento, possibilita maior engajamento e comprometimento do público adolescente.

As residentes do Curso de Preparação à Magistratura, Milena Viana e Jéssika Saraiva, acompanharam a atividade e avaliaram o círculo de diálogo como um processo bastante proveitoso, uma vez que as meninas puderam se expressar e, ao mesmo tempo, se informar sobre o tema, com muito respeito e fortalecimento da união do grupo.

Ao avaliar a atuação da equipe multidisciplinar, Hugo Zaher disse ser “bastante importante por aliar a metodologia dos Círculos de Construção de Paz com a conscientização a respeito da prevenção da gravidez na adolescência, de maneira a garantir que as adolescentes tenham efetivados os direitos fundamentais que possam garantir seu desenvolvimento integral, dentre eles o acesso à educação”.

Já o juiz titular da Vara da Infância e Juventude de Campina Grande, Algacyr Rodrigues Negromonte, relatou que dados das Nações Unidas apontam que o Brasil é o país com a sétima maior taxa de gravidez na adolescência da América Latina. “As ações conscientizadoras, como a realizada pela equipe multiprofissional da Vara, segundo avaliação da própria Nações Unidas, evitam o comprometimento da saúde, educação e potencial de geração de renda das meninas, o que, do contrário, pode prendê-las em uma vida de pobreza, exclusão e ausência de empoderamento”, observou o magistrado.

Durante o círculo, foram propostas pela equipe reflexões e questionamentos sobre os temas adolescência, maternidade e medidas preventivas, bem como acerca do projeto de vida individual das adolescentes acolhidas.


Por Eloise Elane

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