Nesta segunda-feira (17), uma família pôs um ponto final numa história que se arrastava na justiça há seis anos. A pedido do advogado que a representava, o relator da Apelação Cível, desembargador Abraham Lincoln, submeteu o processo ao Centro de Conciliação do 2º grau e, hoje, o Tribunal de Justiça da Paraíba tem um processo a menos. “E o melhor, com a satisfação das partes garantida”, percebeu a mediadora da audiência, servidora Roberta Costa de Carvalho.

A audiência foi uma tentativa de acordo em uma Ação de Indenização na qual os pais queriam uma reparação por causa de um acidente envolvendo um ônibus da empresa Transnacional, que resultou no óbito do filho de 19 anos.

O advogado Romualdo Rodrigues, que os representava, requereu a audiência ao relator da apelação. “A experiência foi boa. A gente vê que a mediação funciona bem e chegamos a um acordo com a satisfação dos meus clientes”, revelou.

Já o advogado Marcos Neto, da empresa Transnacional, considerou a iniciativa inovadora e que seria interessante que todos passassem por essa oportunidade no âmbito do 2º grau, pois já saíram da fase de conhecimento e sentença e, portanto, possuem uma reflexão melhor sobre seus processos.

“Quando encontramos advogados que gostam de celebrar a conciliação, como foi esse caso, e com a mediação conduzida com imparcialidade, a negociação fica ainda melhor. Isso é muito salutar porque de algum modo resgata a paz social”, considerou. O advogado Marcos Neto atuou junto com Eduardo Dantas, que representava a Libert Seguros e atenderam, prontamente, à carta-convite para essa reunião.

Mais duas audiências estavam designadas para essa manhã. Uma não aconteceu por causa da ausência de uma das partes e a outra foi frustrada. “O sucesso da conciliação depende, também, da autonomia dos representantes para negociar”, observou a mediadora Roberta.

Gabriella Guedes