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Publicado em: 05/04/2016 - 17h32 Tags: Infância e Juventude, Audiências concentradas

Começam audiências concentradas da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital

A intenção é resolver a situação de 110 crianças e adolescentes que se encontram nas casas de acolhimento

Juiz Adhailton Lacet (centro) coordena as audiências

Nesta terça-feira (5) foi realizada a primeira, de dez, audiências concentradas que serão realizadas nas casas de acolhimento da Comarca de João Pessoa. Essas audiências têm como objetivo reavaliar os casos de crianças e adolescentes acolhidos para garantir que eles possam voltar para suas famílias ou serem encaminhados para adoção.

Participam das audiências assistentes sociais, familiares dos acolhidos, representantes de instituições de adoção, dentre outros. Segundo o juiz Adhailton Lacet, da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital, “as audiências são para analisar caso a caso a situação dos acolhidos, buscando resolver o problema e encontrar a solução apropriada”.

A audiência ocorreu na Casa de Acolhida Morada do Betinho e tratou do caso de 7 crianças e adolescentes institucionalizadas na Casa. Com 16 anos de idade, J.S é um dos jovens acolhidos na Morada do Betinho desde 2014. Ele foi acolhido por estar em situação de vulnerabilidade e risco social, já que há relatos que a mãe tinha envolvimento com drogas ilícitas.

Segundo J.S, ele prefere estar na Morada do Betinho do que em casa: “Aqui é bem melhor e diferente, tem estudos e atenção”, destacou. Ele está matriculado no 8º ano do Ensino Fundamental, além de fazer um curso de informática durante dois dias na semana. ”Não estudava quando estava em casa porque minha mãe se mudava muito”, explicou J.S.

O jovem também tem muitos planos para o futuro: “Quero ser professor de Educação Física, abrir vários salões de beleza, ser professor em Gestão de RH”. J.S vai permanecer na casa de acolhimento pois, segundo o juiz Adhailton Lacet, ele não quer ser adotado. “Ele pode permanecer na Casa até os 18 anos, após esse período nós procuraremos programas do governo, como o Minha Casa, Minha Vida, para que o jovem tenha sua independência” completou o juiz.

A próxima audiência será no Lar da Criança Jesus de Nazaré, na quarta-feira (06) e as demais serão realizadas até o dia 27/04. Conforme dados da Vara da Infância e Juventude, existem na Capital 110 acolhidos, entre crianças e adolescentes.

Amyrane Alves (estagiária)

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