O Dia Nacional de Combate ao Abuso e contra Crianças e Adolescentes (18 de maio) foi marcado por uma vasta programação de palestras e debates sobre o tema, com a participação do titular da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Campina Grande, juiz Perilo Lucena. Além de apoiar a iniciativa, o magistrado divulgou a campanha “Faça Bonito. Proteja nossas crianças e Adolescentes”, de iniciativa da Rede de Proteção Integral da Criança e do Adolescente – Redeca.

O encontro teve como objetivo, mobilizar e convocar toda sociedade para o compromisso de proteger as crianças e adolescentes. A ideia dos organizadores foi realizar atividades de mobilização da sociedade com foco na prevenção, que envolvam a divulgação do Disque Direitos Humanos – o Disque 100 – serviço gratuito que funciona 24h nos sete dias da semana para receber denúncias de violência contra crianças e adolescentes, e do Conselho Tutelar, conforme explicou o magistrado Perilo Lucena.

Os palestrantes da Redeca abordaram o tema “Parece ser carinho, mas era violência institucional”. O juiz Perilo Lucena palestrou por 15 minutos. Em seguida, foi substituído pela psicóloga da Vara da Infância e Juventude de Campina Grande, Lavínia Vasconcelos.

“O combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes passa por ações de diversas áreas, devido à diversidade de situações nas quais essa prática pode se manifestar nas cidades brasileiras, sobretudo Campina Grande. Mas, acima de tudo, é necessário que essa questão seja vista como uma questão de todos e não de poucos”, enfatizou o titular da Vara da Infância e Juventude de Campina.

O evento ainda contou com a participação de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, dos governos municipal e estadual e diversos segmentos da sociedade campinense, que se reuniram com professores e estudantes de uma universidade particular da cidade.

Sobre o 18 de maio - Essa data foi instituída em 2000 pelo projeto de lei 9970/00. A escolha se deve ao assassinato de Araceli, uma menina de oito anos que foi drogada, estuprada e morta por jovens de classe média alta, no dia 18 de maio de 1973, em Vitória (ES). Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje permanece impune. A semana do 18 de maio contará com ações de mobilização contra a violência sexual em todo os País.

Por Valdez Pacífico