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Publicado em: 31/08/2010 - 12h00 Tags: Geral, Legado

Mais um ciclo de audiências concentradas ocorrem na Capital nesta terça (31)

Na “Casa de Acolhida Feminina” da Capital, três meninas participaram de audiências “concentradas” na 1ª Vara da Infância e Juventude, com o juiz Fabiano Moura de Moura, na manhã desta terça-feira (31). Na ocasião, a criança e os pais relatam o caso aos presentes, que buscam entender a situação, para viabilizar o retorno da mesma ao lar e a melhoria da relação familiar. Às 14h, será a vez da “Casa de Acolhida Masculina”.

Participaram das audiências a promotora Soraya Escorel, a defensora pública Sônia Régis Vital Maia, o secretário da Secretaria de Desenvolvimento Social do Município (Sedes), Lau Siqueira, e a coordenadora da Casa, Cintia Maclane. A juíza Israela Cláudia da Silva Ponte Azevedo, titular do juizado Especial Cível e Criminal da comarca de Sapé, acompanhou as audiências como observadora.

A coordenadora da “Rede Margaridas Pró Crianças e Adolescentes” de João Pessoa (Remar), Maria da Conceição Vanderlei, esteve na audiência com as assistentes sociais Ana Cristina Martins (do Juizado) e Maria das Graças (da Casa de Acolhida), além de estagiários, que opinam sobre a metodologia do retorno e se responsabilizam pelo acompanhamento das partes e das medidas definidas na audiência.

O benefício das audiências concentradas consiste na resolução do conflito e encaminhamentos imediatos, já que os órgãos competentes para o cumprimento das medidas estão presentes. Como no caso de uma menina que tinha muitos conflitos com a mãe e fugia de casa. Na audiência, ela demonstrou arrependimento e o desejo de voltar ao lar. “Mãe, eu te amo muito e quero voltar pra casa”, escreveu a garota em uma cartinha entregue ao juiz. “É preciso resolver os pequenos empecilhos que causam transtornos à família, e que transcendem a competência do Judiciário”, explicou o magistrado.

Nesta manhã, a Sedes providenciou três colchões de solteiro para efetivar o desligamento da menina, como parte do acordo feito na audiência. Ademais, já ficou definida a inserção da família no “Centro de Referência de Assistência Social” (CRAS) para acompanhamento do fortalecimento do vínculo familiar; a permanência da garota no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e sua  inclusão no “Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil” (Capsi).

Também foi determinada a inclusão do seu  irmão mais velho nesse programa e no Centro. Outras garantias estabelecidas foram a inserção dos familiares nos Programas Passe-Legal, de habitação, além do auxílio-aluguel.

Ao final, o magistrado conversou com a mãe sobre a importância da união familiar e do atendimento feito pelo Juizado da Infância e Juventude, no sentido de orientar sobre programas e projetos governamentais que existem para contribuir e melhorar o desenvolvimento socioeconômico e psicológico das crianças e adolescentes.

Por Gabriella Guedes

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