O projeto “Quintas-legais”, promovido pela Escola Superior da Magistratura (Esma), teve, nessa quinta-feira (26), a palestra “Acordo Ortográfico”, proferida pelo professor Félix de Carvalho, coordenador administrativo da Escola.

A apresentaç&ttilde;o foi dividida em três partes: breve histórico sobre as fases do acordo; análise crítica sobre sua repercussão no vocabulário do português do Brasil e análise das reformas propriamente ditas. Nesta última parte, o professor Félix de Carvalho mostrou uma comparação entre o sistema gráfico atual e o sistema gráfico a ser adotado, além das possibilidades de dupla grafia autorizadas pelo acordo.
 
Segundo o professor Félix, “essa palestra foi importante por dois motivos: primeiro, porque  informou aos alunos da Esma sobre o alcance e a repercussão do acordo. Depois, por ter mostrado que o acordo é perfeitamente exequível e que não trará maiores embaraços”, disse.

“Os estudantes de Direito, os futuros operadores do direito, têm de saber a ortografia correta para poderem se comunicar bem”, disse o juiz Eduardo Soares, vice-diretor da Escola. Já a estudante Dayanna Catão considerou uma oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos, e que “o novo acordo ortográfico é muito importante para todos nós que atuamos em várias áreas”

Durante a explanação, o professor Félix opinou que as alterações foram tímidas, e que “se perdeu uma grande oportunidade de se fazer um conjunto de alterações mais amplas e mais profundas, de modo a permitir uma efetiva simplificação no sistema ortográfico da língua portuguesa”, finalizou ele.

O acordo ortográfico foi assinado pelos oito países que têm a língua portuguesa como oficial: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste. Entre 2010 e 2012 é o período de transição estipulado para que a nova ortografia passe a ser obrigatória nos livros didáticos para todas as séries.

Por Kubitscheck Pinheiro