Nas ações administrativas da comarca de Bayeux, desenvolvidas ao longo dos últimos dois anos, tiveram destaque especial o Projeto “Hulk em Ação, o craque da Solidariedade”, que tem como objetivo o resgate da cidadania através de práticas esportivas e, também, a redução no número de processos na comarca.

A madrinha do projeto é a juíza de Direito do Fórum, Conceição de Lourdes Marsicano de Brito Cordeiro, o padrinho, é o jogador da seleção brasileira, o paraibano Hulk.

Para tanto, já se encontra em pleno funcionamento uma escola de futebol, que teve todo o material esportivo doado pelo jogador Hulk. O material (chuteira, padrão, agasalho), inclusive, é suficiente para três equipes (times). O projeto conta ainda com um campo de futebol, além de uma área de passeio, propiciando as pessoas da comunidade desfrutarem de um lugar digno para a prática desportiva.

A magistrada informou, ainda, que a construção de duas salas, sendo uma destinada ao setor administrativo e, outra, à pratica de atividades exclusivamente para meninas, já é uma realidade. Nesta última, a ideia é utilizar o espaço no desenvolvimento de atividades que possam inserir menores, adolescentes e familiares integrados ao projeto, no mercado de trabalho.

“Trabalhamos com a colaboração e o envolvimento da comunidade e não recebemos dinheiro, mas sim doações de pessoas e de empresas de boa vontade que desejarem contribuir com o projeto de extrema repercussão social”, ressaltou a magistrada.

A iniciativa da comarca não pára com o estímulo a práticas esportivas e vai mais além. Um exemplo disso é o projeto “Um Olhar da Justiça Resgatando Mulheres Vítimas de Violência e Mulheres de Preso”. Através dessa ação está sendo oportunizado o ensinamento do artesanato regional, frivolete e outros tipos de atividades que venham contribuir para elevar a autoestima das vitimadas e, com isso, oportunizando a inserção das mesmas no mercado de trabalho.

Outra iniciativa que vem obtendo resultados satisfatórios tem sido o trabalho de resgate de jovens e adolescentes da comunidade, como forma de despertá-los para outras atividades, afastando-os do mundo das drogas e do crime. Nesse segmento estão as mulheres vítimas de violência e as esposas de presidiários, onde a autoestima também é trabalhada.

Julgamento de processos – De acordo com dados estatísticos de todas as varas, no biênio de 2013/2014, foram distribuídos 48.844 processos. A juíza Conceição de Lourdes explicou que, mesmo com um número tão grande de feitos distribuídos nas varas, o número foi reduzido de 9.122 para 8.509 processos em toda a comarca.

Por Clélia Toscano