A iniciativa é uma parceria da Justiça com o Senac, Mec e Pronatec

Foram iniciados, nesta segunda feira (17), três cursos profissionalizantes, direcionados aos apenados que cumprem penas no regime condicional, regime aberto, semiaberto e também apenados do regime fechado, na Capital. Os cursos oferecidos são: manicure e pedicure, confecção de bijuteria e agente de limpeza e conservação; Cada turma foi formada com 16 reeducandos.

A inciativa é uma parceria entre o Poder Judiciário e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), integrante do Sistema S, conveniado ao Governo Federal, por meio do MEC (Ministério da Educação), que disponibilizou vagas do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) para o público carcerário e faz parte do Projeto Começar de Novo, da Justiça estadual.

A abertura do curso de Agente de Limpeza e Conservação foi realizada no início da tarde na Fundação Espaço Cultural (Funesc), e contou com a presença do desembargador José Ricardo Porto, representando a presidência do Tribunal de Justiça; da desembargadora Maria da Neves do Egito, gestora do Projeto Começar de Novo; do juiz Carlos Neves da Franca Neto, coordenador do Projeto; da psicóloga do projeto vinculado à Vara das Execuções Penais (VEP), Luzari Bezerra; e da assistente social da VEP, Denise Ramalho, além de integrantes do Senac.

Para a gestora do Projeto, a desembargadora Maria das Neves, os cursos profissionalizantes são um renovo para os apenados e que todos têm direito a uma segunda chance. “Que vocês possam de verdade começar de novo, e o mais importante, que vocês possam ir até o fim, sempre com garra e determinação”, externou a desembargadora, ao falar aos 16 reeducandos inscritos no curso de agente de limpeza.

De acordo com a assistente social da VEP, Denise Ramalho, cada curso terá a duração de 160 horas, e acontecerá de segunda à sexta-feira.

O curso de Manicure/Pedicure e Confecção de Bijuteria foi iniciado na manha desta segunda-feira no Presídio Feminino Júlia Maranhão e contemplou 32 apenadas do regime fechado. “Nós estamos muito felizes em conquistar essas vagas do Pronatec para essa demanda, está sendo gratificante demais pra nós que fazemos parte do Projeto Começar de Novo, ver isso acontecer”, revelou Denise Ramalho.

Para a psicóloga Luzari Bezerra, o Tribunal de Justiça da Paraíba tem trabalhado de forma bem diversificada, não só em punir, mas também em ressocializar os apenados. “Esse inicio foi difícil, porque foi uma semana para fazermos a matrícula dos 48 apenados, e estamos vivenciando isso acontecer. É muito gratificante”, externou.

O coordenador do Projeto, juiz Carlos Neves, titular da Vara das Execuções Penais, tem feito um trabalho diferenciado na VEP, dando valor a essas pessoas que são egressos do sistema ou aquelas pessoas que ainda estão dentro do sistema, dando essa oportunidade, segundo acrescentou Luzari Bezerra.

Por Gecom – Angelina Mendonça (Estagiária)