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Publicado em: 25/08/2023 - 19h25 Tags: Justiça Restaurativa, Educação, Tocantins

Desembargador Oswaldo Filho participa de Encontro Nacional de Justiça Restaurativa na Educação

Magistrados no Encontro da JR em Palmas, Tocantins
Magistrados no Encontro da JR em Palmas, Tocantins

O coordenador do Núcleo de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Oswaldo Trigueiro do Vale Filho, participou do Primeiro Encontro Nacional de Justiça Restaurativa na Educação , ocorrido em Palmas (TO), de 23 a 25 de agosto, no qual se discutiu a relação de professores com alunos, pais, comunidade e todos que se envolvem no ambiente escolar.

O desembargador considerou a experiência muito positiva em que se abre a mente para uma perspectiva diferente a partir da troca de informações sobre o que é feito em outros estados. "Isso dá suporte e base para montar um modelo mais próximo do ideal para a Justiça Restaurativa na Paraíba. Estamos muito felizes pela oportunidade de estar aqui e ter uma diversidade de informações e troca de experiências com juízes, servidores, professores, psicólogos, policiais, enfim, um ambiente muito rico. Graças ao incentivo que temos recebido do presidente João Benedito a Paraíba está se encaminhando para ter no futuro uma JR de excelência", avaliou o coordenador do Nejure, Oswaldo Filho.

Programação começou quarta e terminou nesta sexta-feira
Final de painel conduzido pelo Des. Roberto Bacelar (PR)

O coordenador adjunto do Nejure, juiz Hugo Zaher Gomes, acompanhou o desembargador e destacou a importância de trazer a experiência de estados de todo o país, ligada a política judiciária da Justiça Restaurativa e que vem sendo desenvolvida e concretizada no TJPB. "Como resultado dessa participação do Nejure é possível fortalecer mecanismos e experiências para podermos replicar  e desenvolver com o intuito principal de transformar relações humanas a partir da escola, ou seja, a partir  da educação verificamos que há um grande potencial para que a JR gere frutos", observou o magistrado.

Programação

No primeiro dia do encontro aconteceu uma palestra com a psicóloga educacional americana, Kathy Evans, que falou sobre a relação de como promover a responsabilidade, cura e esperança nas escolas. Na sequência, o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, que é conselheiro do CNJ e coordenador  da Justiça Restaurativa no Brasil, falou sobre a importância de ter esse olhar para a educação, área que considera a base de tudo e reconhecimento da cidadania. 

No segundo dia (24) pela manhã aconteceram palestras de  alguns expoentes da Justiça Restaurativa falando sobre a questão escolar, a exemplo do desembargador Leoberto Brancher, do Rio Grande do Sul, e os juízes Eguiberto Penido e Marcelo Salmaso, de São Paulo; que apontaram o pioneirismo da JR nas escolas,  além da juíza federal e membro do comitê gestor de São Paulo, Kátia Roncada sobre a temática.

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Na parte da tarde, segundo relatou o desembargador Oswaldo Filho, houve uma palestra da pedagoga e doutora em educação, professora pela Unicamp Telma Vinha que falou sobre violência extrema e possibilidade de uma abordagem transformativa nas escolas.

"Ela traçou todo diagnóstico da situação escolar e a perspectiva da violência na escola: como nasce, sua origem, o perfil das pessoas que praticam violência nas escolas, a figura da área do bullying, cyberbullying, violência disseminada no ambiente da internet , de jogos... foi uma fala de muita qualidade na perspectiva de pesquisa científica ", exaltou o coordenador do Nejure na Paraíba.

Em seguida, foi a vez da juíza auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Tocantins,  Rosa Maria, que coordena toda a questão relacionada ao JR no Estado de Tocantins falar. 

Durante o encontro foram apresentadas algumas situações  práticas chamadas de “pitch de boas práticas”. "Foi interessante porque trouxe experiências de várias partes do Brasil que eram colocadas em prática e explanadas em quatro minutos", ressaltou o desembargador Oswaldo.

Outra palestra importante foi ministrada pela  educadora e membro de um comitê de justiça em Chicago (EUA), Eboni Rucker, que mostrou a experiência desenvolvida por ela e como se transformou índices altíssimos de violência em níveis muito baixos, conforme atestou o magistrado paraibano.

No último dia do Encontro Nacional de Justiça Restaurativa na Educação foram realizadas algumas práticas na Escola Superior da Magistratura do Tocantins, com a reunião de grupos de trabalho. Por fim, as atividades terminaram com a exposição do palestrante João Salm que é professor da Universidade de Chicago e PHD em Escola de  Justiça e Investigação Social do Arizona. Ele falou sobre  a prisão na experiência americana. Coube ao ministro Luiz Philippe Vieira de Mello filho o encerramento do evento, que contou com a presença de mais de 600 participantes.

Por Walquiria Maria 

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