Com um total de R$ 506.448,19, negociados por consumidores que tinham conta em atraso junto a Energisa, assim foi o saldo da 4ª edição do Esforço Concentrado (Mutirão) do ProEndividados, programa do Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça da Paraíba, em parceria com a concessionária de energia e a Facisa (Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas). O evento ocorreu durante toda a semana passada (30 de maio a 3 de junho), em Campina Grande.

Durante o Mutirão foram apreciadas e negociadas entre as partes 5.477 contas em atraso. Além disso, foram obtidas 1.018 conciliações. Já na última quinta-feira (2), o esforço concentrado havia batido o recorde de acordos, tendo alcançado mais de 780 conciliações. O ProEndividados é um programa de conciliação, solução e tratamento do superendividamento.

Foram convidados a participar do esforço concentrado consumidores com duas ou mais faturas pendentes ou que estivessem com os dados pessoais incluídos em serviços de proteção ao crédito. Os selecionados receberam uma carta convite informando a data e local da audiência, para negociação dos débitos em condições especiais.

Além da negociação, os clientes de Campina Grande assistiram, ainda, a palestras sobre o consumo seguro e eficiente de energia e realizaram cadastro no aplicativo “Energisa On”, que funciona como uma agência virtual de atendimento, através do smartphone.

A ação teve como objetivo, resolver as pendências de consumidores que se encontravam em situação de inadimplência, evitando interrupção no fornecimento de energia. A última edição do programa aconteceu em Santa Rita, quando foram convidados cerca de cinco mil clientes para negociação, tendo contado com a participação de 3.300 consumidores.

Segundo informou a juíza Ivna Mozart Bezerra, coordenadora do programa na região de Campina Grande, o TJPB, através do Núcleo de Conciliação, busca, com essa ação, democratizar o acesso ao Judiciário, aproximando-o cada vez mais do jurisdicionado, como forma de restabelecer a dignidade do consumidor superendividado.

“Estamos saindo dos nossos ambientes forenses para atender em praça pública, com a finalidade de proporcionar um atendimento facilitado ao cidadão”, esclareceu a magistrada.

Ela acrescentou que a medida ajuda também a evitar uma enxurrada de demandas judiciais, já que se dá ênfase às conciliações pré-processuais. “Nosso interesse maior é pacificar os conflitos de massa, consolidando a cultura da conciliação”, assegurou.

Gecom – TJPB, com informações do Núcleo de Conciliação do TJPB