Profissional que não adere ao uso de IA fica obsoleto, diz especialista que ministrará curso na Esma
“O profissional que não aderir ao uso da Inteligência Artificial no trabalho já está obsoleto. Isso já é uma realidade”. A afirmação é do bacharel e mestre em Computação e doutor em Informática, Bruno César Barreto de Figueirêdo, que vai ministrar o curso “Transformação Digital no Judiciário: O Poder da IA Generativa”, desta segunda-feira(07) até sexta-feira(11), na Escola Superior da Magistratura da Paraíba (Esma-PB).
O professor e pesquisador vai falar sobre Conceitos fundamentais e evolução da IA; Diferença entre IA Generativa e buscadores; Aplicações da IA no Direito e no Poder Judiciário; Análise e síntese automatizada de documentos jurídicos e administrativos; Redação assistida de ofícios, despachos, pareceres e decisões; Pesquisa jurisprudencial e doutrinária com IA; Viés algorítmico e confiabilidade dos conteúdos gerados; Segurança da informação e sigilo processual; Responsabilidade jurídica e uso consciente da IA; Uso de ferramentas de IA Generativa aplicadas à rotina dos magistrados e servidores; Exercícios práticos com simulação de casos reais; e Reflexão crítica e boas práticas no uso da tecnologia no Judiciário.
Bruno Barreto afirmou que a velocidade com que o uso da IA avança é impressionante. “Ministrei esse curso o ano passado e para preparar o material de agora, específico para o Tribunal de Justiça, só aproveitei os três primeiros slides, que eram a introdução, porque tudo mudou. Não só mudou, como melhorou e tornou a gente muito mais capaz de utilizar, então hoje já se pode usar de forma profissional a IA no dia a dia do tribunal”, exemplificou.
A Inteligência Artificial está sendo uma tônica nos tribunais do Brasil todo, lembra Bruno, ao destacar que o CNJ publicou recentemente uma Resolução já alterando uma Resolução anterior normatizando de forma mais atual o uso da IA no Judiciário. “O TJPB está de parabéns por estar antenado com essa realidade. A gente já fez alguns trabalhos, e continua fazendo nos tribunais de contas, onde atuo, e vejo que isso é um movimento geral. O que traz de facilidade, automação, confiança, produtividade é algo que não se pode ignorar”, garante.
O especialista diz que tentará mostrar um pouco do potencial dessa tecnologia, indo desde o básico, do que ela quer dizer, desmitificando alguns medos e tentando chegar a um nível no qual quem participar poderá sair pronto a fazer algo realmente de produtivo no seu ambiente de trabalho, seja o assessor, seja o magistrado, ou o analista administrativo. “Em todas as áreas a gente tentou abranger situações do dia a dia do TJPB para fazer algo mais sintonizado possível com a realidade do Tribunal”, concluiu.
Por Walquiria Maria