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Publicado em: 29/09/2008 - 12h00 Tags: Geral, Legado

Relíquias de santa francesa estarão expostas no Salão Nobre do Palácio da Justiça das 15 às 18 h desta terça-feira, dia 30

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por Evandro da Nóbrega,


coordenador de Comunicação


Social do Judiciário paraibano


 


 


As chamadas “Relíquias de Santa Margarida Maria de Alacoque” — os restos mortais da piedosíssima freira francesa que adotou este nome e que assim foi canonizada — chegarão ao Palácio da Justiça do TJ-PB nesta terça-feira, 30 de setembro, sendo expostas à visitação de desembargadores, juízes, servidores do Judiciário e o público em geral no período da tarde.


 


Esta presença dos restos mortais da santa na sede do Poder Judiciário do Estado enquadra-se na programação elaborada pela Arquidiocese da Paraíba alusiva à peregrinação das relíquias de Santa Margarida Maria de Alacoque, em visita à cidade de João Pessoa, no período de 24 de setembro a 2 de outubro de 2008.


 


A Presidência da Corte de Justiça, portanto, está convidando autoridades e servidores do Judiciário para a visitação dos fiéis às relíquias, que ficarão no Salão Nobre “Ministro Osvaldo Trigueiro de Albuquerque Melo”, do Palácio da Justiça, neste dia 30 de setembro, terça-feira, das 15 às 18 h.


 


UMA VIDA DE SANTA


De acordo com a tradição, a freira Margarida — considerada “a Mensageira do Sagrado Coração de Jesus” — nasceu 22 de julho de 1647, na diocese de Autun, Borgonha (França). De família muito pobre (Alacoque) e tendo perdido o pai na infância, passou por diferentes provações e privações, responsabilizando-se, no entanto, de cuidar dos irmãos e da mãe, vítima de mal incurável.


 


Sua formação religiosa e cultural, ela a recebeu, como menina, das monjas clarissas. Tomou o nome de Margarida Maria quando de seu noviciado. Seus biógrafos dizem que, passando a rezar muito e contemplando o Jesus Eucarístico, “passou a dialogar com o próprio Cristo, que lhe expôs o coração dilacerado e fez revelações sobre a necessidade de mais amor e devoção à Eucaristia”.


 


EXPERIÊNCIAS MÍSTICAS


De acordo com o Portal Angels, mantido por João Adolfo no URL www.portalangels.com, “estas experiências místicas foram severamente contestadas pelos religiosos e religiosas da época. E a pobre monja foi testada e provada de todas as maneiras possíveis e várias vezes, para comprovar suas narrativas. A Humanidade, nessa época, estava assolada pela peste e tremia diante da eminência da morte. O coração do povo era levado a um ‘Deus do duro castigo’. Mas, as visões e mensagens de Margarida Maria, não: apontavam para o ‘Deus do amor e da salvação’, o que gerava uma forte oposição”.


 


— O padre jesuíta Cláudio de la Colombière, porém, respeitado estudioso das manifestações dos sinais de Deus, verificou que a mensagem que ela transmitia era verdadeira — prossegue esse relato, acrescentando: “Com o seu apoio e orientação espiritual, as experiências místicas de Margarida Maria começaram a ser vistas de outra maneira. Aos poucos esta mensagem era assimilada por todos os conventos da Visitação, assim como pelo clero. O culto ao Sagrado Coração de Jesus começou a ser difundido também entre os fiéis. Até que a própria futura santa, antes de morrer, pôde ver muitos de seus críticos cultuando e propagando a devoção do Sagrado Coração. E foi assim que, depois de algum tempo, tal mensagem estava espalhada por todo o mundo católico”.


 


DOENTE & PARALÍTICA


Ainda criança, Santa Margarida Maria Alacoque entrou para o mosteiro das Visitandinas, onde, segundo se conta, experimentou aqueles profundos êxtases de espiritualidade com o Coração de Jesus, através da Sagrada Eucaristia. Em vista de tais experiências, seu testemunho cristão é tido por verdadeiro pelos católicos.


 


Depois, a própria Margarida passou a sofrer de uma terrível doença de origem desconhecida, que a deixou paralítica e a prendeu ao leito por anos. Mas, segundo sua biografia, recuperou-se milagrosamente depois de consagrar sua virgindade a Jesus. Ainda depois disto, em 1671, ingressou no Mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial, também na França.


 


VISÕES ESPIRITUAIS


Noutra versão, diz-se que, como a Medicina de então não pôde curar seu mal, a freira prometeu Maria Santíssima entregar todos os seus dias a serviço de Deus, caso recuperasse a saúde. “Para sua própria surpresa, logo retornou à sua vida normal. Convencida da intervenção da Providência Divina em favor de sua vida terrena, entrou, aos 24 anos, para a Ordem da Visitação, fundada por São Francisco de Sales”. Nos anos que se seguiram, a santa teve uma série de visões espirituais, passando então a divulgar a necessidade da adoração do Sagrado Coração de Jesus.


 


Margarida faleceu aos 43 anos de idade, em 17 de outubro de 1690. Apenas em 1920 é que seria canonizada pelo Papa Bento XV, com o nome de Santa Margarida Maria de Alacoque. Para que não coincidisse com a data em que se comemora Santo Inácio de Antioquia, sua festa litúrgica viu-se antecipada por um dia, caindo em 16 de outubro.


 


CAMINHO ESPIRITUAL


Custodiadas no mosteiro francês de Paray-le-Monial, as relíquias de Santa Margarida vêm peregrinando por vários países e, ultimamente, por diversas Arquidioceses, paróquias e vicariatos do Brasil. Em setembro do ano passado, por exemplo, essas relíquias se encontravam em Brasília. Em outubro seguinte, já era recebidas, por algumas horas, pelas autoridades paraguaias, na fronteira com o Brasil. Em 2005, estiveram na Espanha e assim por diante.


 


A hierarquia católica sustenta que a simples visita a essas relíquias (os restos mortais da santa), por mais curta que seja a estada delas em cada localidade, é capaz de reavivar, como graça, a devoção dos fiéis ao Sagrado Coração de Jesus e o crescimento da vida espiritual — ou, dizendo de outra forma, favorece o caminho da espiritualidade entre os fiéis.


 


Esses fiéis acreditam também que as relíquias — que vêm percorrendo, como se viu, grande número de cidades brasileiras — são capazes de promover o reavivamento do Apostolado da Oração e a busca do batismo por parte de pessoas ainda sem este sacramento da Igreja Católica.


 


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