Conteúdo Principal
Publicado em: 30/04/2009 - 12h00 Tags: Geral, Legado

TJ lança campanha educativa de prevenção ao Dort

Na manhã desta quinta-feira (30), em homenagem ao dia do trabalhador, a Secretaria de Recursos Humanos do Tribunal de Justiça da Paraíba, por meio do Núcleo de Fisioterapia da Coordenadoria de Assistência Médica, deu início a campanha de prevenção do Dort (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho). Cartilhas informativas e cartazes com sugestões sobre exercícios de alongamento e relaxamento vão ser distribuídos durante a campanha, que vai atingir todas as unidades judiciárias do Estado.

Equipes do núcleo de fisioterapia vão se fazer presentes em todas as unidades judiciárias da Capital, Cabedelo, Santa Rita, Bayeux e nas comarcas do interior, para entregar o material e explicar sobre as necessidades dos exercícios preventivos para os servidores, como forma de melhorar a qualidade do trabalho realizado no TJPB.

Conforme a cartilha, os distúrbios podem surgir em qualquer ramo de atividade, desde que os trabalhadores sejam expostos a esforços repetitivos e posturas inadequadas, e não tenham os 10 minutos de pausas recomendadas para cada uma hora trabalhada; bem como, exerçam suas atividades laborais em condições inadequadas, como por exemplo: má iluminação, temperatura inadequada, ruídos, vibrações e mobiliários inadequados. Outro fator que pode provocar o Dort é o stress.

As atividades que utilizam a digitação na maior parte do tempo, como bancários, secretárias, jornalistas, operadores de telemarketing, além de operadores de linha de montagem, motoristas, dentistas, são as categorias profissionais mais atingidas por essa doença, informou Maria da Conceição Tomaz Montenegro, fisioterapeuta do Núcleo de Fisioterapia do TJPB.

São quatro os estágios do Dort. No início, os sintomas são sensação de peso e desconforto no membro afetado. No segundo momento, a dor é mais persistente e intensa e pode vir acompanhada de formigamento e calor, além de leves distúrbios de sensibilidade. Os sinais clínicos de um modo geral ainda continuam ausentes. No terceiro estágio, a dor fica ainda mais persistente, forte e tem irradiação mais definida. Perde-se um pouco a força muscular, o inchaço é frequente assim como a transpiração e a alteração da sensibilidade. Os sinais clínicos estão presentes.

No último grau do Dort, a perda de força e controle dos movimentos é constante. O inchaço é persistente e podem aparecer deformidades. A capacidade de trabalho é anulada e a invalidez se caracteriza pela impossibilidade de um trabalho produtivo. Nesse estágio são comuns as alterações psicológicas, como quadro de depressão, ansiedade e angústia.

Por trás dos Dorts, encontram-se agrupadas, ainda, diversas doenças, tais como: a tenossinovite (inflamação dos tecidos que revestem os tendões); a tendinite (inflamação dos tendões); a bursite (inflamação das bursas, que são pequenas bolsas situadas entre os ossos e tendões); e a síndrome do túnel do carpo (compressão do nervo mediano no punho).

Atualmente, há uma vasta literatura médica relacionada ao trabalho, informou o médico ortopedista Ronaldo Mendonça, coordenador da Assistência Médica do Tribunal. “O Dort está entre uma das maiores causas de afastamento do trabalho no mundo inteiro”, disse ele.

“A prevenção contra as doenças é muito importante. No caso do Dort, as empresas que se antecipam na prevenção, além de melhorar a força de trabalho qualificada, evitam prejuízos relacionados ao afastamento de seus funcionários”, ressaltou o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba Luiz Silvio Ramalho Júnior.

Por Cristiane Rodrigues e Gabriella Guedes.

GECOM - Gerência de Comunicação
  • Email: comunicacao@tjpb.jus.br
  • Telefone: (83) 3216-1611