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Publicado em: 09/05/2025 - 11h48 Atualizado em: 09/05/2025 - 13h51 Tags: Justiça Restaurativa, TRE, Nejure

TJPB fortalece implementação de práticas restaurativas na Justiça Eleitoral do Estado

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Reunião: disseminação da Justiça Restaurativa no TRE-PB

O acordo de cooperação entre o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), para disseminação da Justiça Restaurativa no âmbito da Corte Eleitoral e zonas eleitorais do Estado, entrou em sua fase prática, com uma reunião expositiva sobre o tema. O encontro presencial aconteceu na tarde desta quinta-feira (8), sob a direção do coordenador do Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa (Nejure) do TJPB e presidente do TRE-PB, desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho. O evento foi prestigiado por magistrados e servidores da Justiça Eleitoral e do Poder Judiciário estadual.

A Justiça Restaurativa é um conjunto ordenado e sistêmico de princípios, métodos, técnicas e atividades próprias, que visa à conscientização sobre os fatores relacionais, institucionais e sociais motivadores de conflitos e violência, e por meio do qual os conflitos que geram dano, concreto ou abstrato são solucionados de modo estruturado.

Desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho
Des. Oswaldo Trigueiro do Valle Filho

“Inicialmente, vamos implementar as práticas restaurativas em cada unidade administrativa, resgatando a figura da autoestima, o clima institucional e buscar entender os desafios de cada setor, além fazer com que esses setores se conheçam”, comentou Oswaldo Trigueiro. O desembargador também avaliou o resultado da reunião, como muito positivo. “No final dos trabalhos, fiz uma exposição da importância, do alcance e da humanização que é a Justiça Restaurativa em qualquer instituição e aqui, especialmente, no nosso Tribunal Regional Eleitoral”, informou.

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Juíza Ivna Mozart

Os coordenadores adjuntos do Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa do TJPB, juíza Ivna Mozart e os juízes Max Nunes e Hugo Zaher participaram da reunião expositiva, como palestrantes.

Para Ivna Mozart, aplicar a Justiça Restaurativa na Justiça Eleitoral tem o potencial de transformar a maneira como lidamos com conflitos e infrações no processo eleitoral e no próprio âmbito interno. “Ao invés de simplesmente punir, essa abordagem busca restaurar o equilíbrio, promovendo um diálogo entre as partes envolvidas. No contexto da Justiça Eleitoral, isso não só contribui para a resolução de conflitos de forma mais humana e eficaz, mas também reforça a confiança da sociedade nas instituições, criando um ambiente mais transparente, ético e próximo da população”.

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Juiz Hugo Zaher

Segundo Hugo Zaher, o evento realizado no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba marca um passo firme na consolidação de uma cultura de paz dentro das instituições públicas. “Levar a Justiça Restaurativa para o ambiente eleitoral é reconhecer a importância do cuidado com quem cuida, da escuta verdadeira e da construção coletiva de relações mais saudáveis no serviço público. É gratificante testemunhar o compromisso conjunto entre o TRE e o TJPB em prol de um Judiciário mais humanizado, inclusivo e comprometido com a pacificação social”, avaliou.

Acordo de Cooperação – O instrumento que estabelece o acordo de cooperação entre o TJPB e o TRE-PB objetiva a utilização da equipe técnica do Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa, com o intuito de possibilitar a disseminação de práticas restaurativas no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba e Zonas Eleitorais.

Dentre as práticas restaurativas, estão a utilização de metodologias de Justiça Restaurativa e comunicação não-Violenta nas reuniões de abertura das inspeções/correições, com a finalidade de promover um espaço seguro de fala para que os servidores expressem suas preocupações, frustrações e expectativas de maneira construtiva e colaborativa, tornando comunicação mais direta e eficaz; e a realização de círculos de diálogo e construção de paz com as equipes internas das diversas unidades do TRE-PB, com objetivo de criar uma cultura organizacional mais inclusiva e colaborativa, reforçando os valores da empatia, respeito mútuo responsabilidade compartilhada.

Em casos de identificação de conflitos interpessoais, aplicação de técnicas de Justiça Restaurativa, com foco na reparação dos relacionamentos, prevenindo o agravamento da crise, sem prejuízo das apurações de responsabilidades administrativas.

Por Fernando Patriota

 

 

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