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Publicado em: 10/02/2014 - 12h27 Atualizado em: 10/02/2014 - 12h47

Centenário do desembargador Luiz Sílvio Ramalho será comemorado nesta quarta-feira no TJPB

O Tribunal de Justiça da Paraíba, através da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário, vai dar inicio nesta quarta-feira (12) a uma série de homenagens a cinco desembargadores, e um ministro, que se estivessem vivos estariam este ano comemorando o primeiro centenário de suas vidas. O primeiro homenageado será o desembargador Luiz Sílvio Ramalho, que teria feito cem anos de idade, no dia 10 de janeiro passado.
“Nós todos, da família, ficamos muito honrados com essa homenagem, que vai ser prestada a meu pai. Ficamos muito sensibilizados com essa
iniciativa da presidência do TJPB, da desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti e do presidente da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário, desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque”, afirmou.

O homenageado nasceu no Sítio Macambira, Distrito de Bonito de Santa Fé, tendo sido registrado como filho natural de Conceição, onde seus pais, José Ramalho Leite e dona Benânia, residiam. Foi primeiro juiz em Florânia, no Rio Grande do Norte, e ingressou na magistratura da Paraíba como Juiz de Direito da Comarca de Bonito de Santa Fé, nomeado a 8 de agosto de 1940. Presidiou a Corte de Justiça de 1970 a 1972 e integrou o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, tendo sido presidente.

O filho, o desembargador Luiz Sílvio Ramalho Júnior, foi o único que seguiu a carreira do pai, tendo sido também presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, no período de 2009/2010. “Meu pai e minha mãe sempre foram espelhos pra mim”, disse.

“Eu acredito muito no destino. Deus nos põe no caminho. É tanto que entre meus irmãos, dois são médicos e só eu segui a carreira de meu pai e, coincidentemente, tenho o mesmo nome de meu pai. Isso me honra demais. Tenho algo do destino nisso. Eu não tinha esse sonho de ser magistrado, mas por orientação dele, segui sua carreira e sei que foi o melhor que poderia acontecer para mim”, lembrou.

Quando o desembargador Luiz Sílvio Ramalho Júnior assumiu sua carreira de magistrado, em 1975, o pai ainda estava na ativa, que ficou em atividade até 1983.
Ramalho Júnior lembra que foi na gestão de seu pai, que a primeira lei de Organização Judiciária (LOJE) foi aprovada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Foi em sua gestão e ele participando como presidente da Comissão.  "Ele lutou muito pela interiorização da Justiça, com a construção de fóruns prestigiando a Justiça de primeiro grau", comentou.

O desembargador Luiz Sílvio Ramalho foi casado com a dramaturga e poetisa Lourdes Ramalho, várias vezes premiada no país com peças de sua autoria no segmento do Teatro Popular. O Fórum da Comarca de Piancó tem o nome do desembargador Luiz Sílvio Ramalho.

“Ele era um excelente pai, um bom filho, um bom amigo e irmão, tendo sido um homem que harmonizava bem até últimos dias de sua vida. Sempre tratava a todos com respeito. E nunca foi um juiz autoritário, sempre foi um magistrado justo e bom”, acrescentou Luiz Silvio Ramalho Júnior.

Outra faceta do desembargador Luiz Sílvio Ramalho era a genealogia. Fazia parte do Instituto de Genealogia da Paraíba. “Ele sempre estudou e sabia  a história de todas as família paraibanas. Ele tinha extensa cultura, não só jurídica, mas em outras áreas”, lembra o filho.

“Meu pai era um ser humano muito bom, tinha plena percepção cósmica e divina aqui na terra. Um homem que fazia tudo para praticar o bem e fazer uma boa justiça. Ser um bom juiz, porque juiz não basta ser justo, ele precisa ser justo e bom”, fechou.

Por Kubitschek Pinheiro

 

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