1ª Vara da Infância e Juventude da Capital realiza audiências concentradas em abrigos para crianças e adolescentes
Com o objetivo de ouvir os familiares e responsáveis dos menores que se encontram nas Casas de Acolhida Institucional, e reintegrá-las às suas famílias naturais, o juiz Adhailton Lacet, titular da 1ª Vara da Infância e Juventude, retomou, neste mês, as audiências concentradas para verificar a situação de crianças e adolescentes internos nesses abrigos.
As audiências, que tiveram início nesta terça-feira (7), prosseguirão até o final deste mês. Nesta quarta (8) foram ouvidas as crianças e adolescentes que estão abrigados no Lar Jesus de Nazaré, em Jaguaribe.
João Pessoa possui 109 menores distribuídos nos nove principais abrigos da capital. De acordo com o juiz Adhailton Lacet, que também coordena o Juizado da Infância e Juventude em todo o Estado, durante os dois primeiros dias de audiências concentradas já foram analisados os casos de 29 acolhidos.
“Aqui ouvimos as famílias e responsáveis e tentamos, por meios legais, o retorno dos menores para seus lares naturais. Não sendo possível, viabilizamos benefícios para que essas crianças e adolescentes sejam colocados em famílias substitutas, através de adoção ou da guarda provisória. O resultado tem sido bem positivo, pois só na tarde de hoje conseguimos reintegrar duas crianças às suas famílias”, esclareceu o magistrado.
Para a promotora de Justiça, Soraya Escorel, que também participa das audiências, nem todas as crianças que se encontram nos abrigos estão disponíveis para adoção, mas estão em processo de transição.
“Há crianças que estão em abrigos temporariamente, por alguma instabilidade ocorrida na família, e após todo um trabalho multidisciplinar de estudo do caso, essas crianças ou adolescentes, que estão em casas de acolhimento, podem voltar aos seus lares. E essa é a nossa esperança, que elas retornem às suas famílias de origem, pois é onde toda criança merece estar”, ressaltou a promotora.
Gecom - com Jullyane Baltar (estagiária)