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Publicado em: 08/11/2024 - 12h17 Tags: acessibilidade digital, ESMA, curso

Esma promove webinário sobre acessibilidade digital para magistrados e servidores

Participantes discutiram a prática da acessibilidade digital
Participantes discutiram a prática da acessibilidade digital

Com o tema ‘Acessibilidade Digital na Prática’, a Escola Superior da Magistratura (Esma) promoveu, na noite desta quinta-feira (7), mais um webinário, buscando capacitar os(as) magistrados(as) e servidores(as) do Poder Judiciário estadual, além do público em geral, a compreender a acessibilidade digital nos mais diversos produtos. O vídeo está disponível ao usuário no canal da Esma na plataforma do YouTube.

O webinário foi ministrado por Angelo Francescoly Dias Gonçalves, que é mestre em Engenharia de Software pela Universidade de Pernambuco, graduado em Ciência da Computação; e por Suzy Belarmino, pedagoga, analista judiciária do Tribunal de Justiça da Paraíba, com especialização em Pedagogia, e presidenta do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Paraíba.

A servidora da Esma, Bianca Nóbrega Meireles, realizou a abertura do evento, ressaltando que o tema é fruto de uma iniciativa da instituição de ensino em parceria com a Comissão de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Bianca enfatizou que, ao avançarmos rumo à consolidação do paradigma da inclusão, estamos nos afastando do paradigma da segregação, no qual as pessoas com deficiência são isoladas do convívio social. “O paradigma da inclusão, por sua vez, parte do entendimento de que não são as pessoas com deficiência que devem se adequar ao ambiente, mas sim o ambiente que precisa se tornar acessível para todos”, pontuou.

O palestrante Angelo Gonçalves destacou que a acessibilidade é um tema muito presente em sua vida e de grande relevância para todos. “Com o tempo, dediquei-me a aprofundar meus conhecimentos nessa área, especialmente no campo da qualidade”, disse Angelo. Ao apresentar um estudo sobre os sites mais populares no mundo, o mestre em Engenharia de Software assegurou que 96,3% das páginas iniciais dos sites têm falhas de acessibilidade.

Segundo o palestrante, as falhas mais comuns incluem: imagens sem textos alternativos, problemas de contrastes e elementos interativos não acessíveis por teclado. “Sites com acessibilidade melhorada registram maior engajamento e maior taxa de conversão”, observou Angelo.

Em relação ao Brasil, o palestrante destacou que apenas 6,2% da população — aproximadamente 12 milhões de pessoas — possui algum tipo de deficiência. No entanto, somente 0,74% dos sites no país atendem plenamente às normas de acessibilidade digital. “A acessibilidade refere-se à prática de garantir que produtos, serviços e ambientes sejam acessíveis e utilizáveis por todas as pessoas, independente de suas habilidades físicas ou cognitivas”, enfatizou o conferencista.

Em seguida, a presidenta do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Paraíba, Suzy Belarmino. Ela, que é pessoa com deficiência visual total, destaca que ao longo da história da diversidade humana, pessoas com deficiência já foram exterminadas, isoladas em asilos e segregadas em instituições especializadas. “Finalmente, chegamos à era da inclusão; contudo, ainda enfrentamos grandes desafios para vivenciar plenamente essa inclusão tão mencionada”, disse.

Suzy observou que o mais importante é a pessoa com deficiência estar no seu lugar de fala, exercendo o protagonismo e falando por outras pessoas que o TJPB talvez nem conheça a sua existência e as dificuldades que essas pessoas enfrentam no dia a dia. “Mais recentemente, depois do ano 2000, o CNJ começou a exigir que os tribunais tenham nas suas rotinas boas práticas de inclusão e de sensibilidade”, falou. Por fim, a palestrante ressaltou que o país está devendo muito na questão da acessibilidade digital nos produtos.

Por Marcus Vinícius

 

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