Indígenas Potiguara participam do curso prático sobre conciliação extrajudicial em Rio Tinto
Indígenas potiguara de 33 aldeias da comarca de Rio Tinto participam do segundo módulo do Curso de Aperfeiçoamento Teórico-Prático em Conciliação Extrajudicial. Os trabalhos foram iniciados na quinta-feira (7), com atuação dos alunos em audiências reais, no formato de ‘Justiça Itinerante’. Na manhã desta sexta-feira (8), as atividades práticas tiveram continuidade no Fórum da Comarca.
No primeiro dia, as audiências envolveram partes residentes nas aldeias Akajutibiro, São Miguel, Forte, Alto do Tambá e Benfica, Bento, Silva da Estrada, Laranjeira, Tracoeira, Santa Rita, São Francisco, Lagoa do Mato e Cumaru. Os trabalhos ocorreram na Sala Polo, cedida pela Escola Cidadã Integral Técnica Estadual Matias Freire, no município de Baía da Traição.
O programa reforça o compromisso do Judiciário paraibano com o acesso à Justiça por meio de soluções consensuais e respeitando a cultura e a autonomia dos povos indígenas.
A capacitação é promovida pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania Indígena (Cejusc Indígena) da comarca de Rio Tinto, coordenado pelo juiz Judson Kildere Nascimento Faheina, com supervisão da Escola Superior da Magistratura da Paraíba (Esma). O objetivo é dar continuidade à qualificação dos indígenas potiguaras que concluíram a primeira etapa do treinamento em outubro de 2024.
“Neste módulo, nós compreendemos a atividade de conciliar como algo ancestral, que transcende a normatividade legal e que é uma forma de pacificação de conflito e de agilização dos processos. Nesta fase, eles puderam aplicar todas as técnicas que foram teorizadas no módulo 1”, informou o magistrado Judson Kildere.
Voltada para conciliadores extrajudiciais indígenas já certificados e servidores do Cejusc Indígena, o curso foi ministrado pelas tutoras Celma Laurinda Freitas Costa e Sirlene Dias de Faria Lopes, com participação do professor convidado Daniel Valério Martins. Houve também a colaboração do coordenador do Centro e das servidoras Jailza Hortencio da Silva e Maria Inês Mendonça.
Por Gabriela Parente









