Conteúdo Principal
Publicado em: 19/08/2025 - 17h07 Atualizado em: 20/08/2025 - 11h53 Comarca: João Pessoa Tags: Coordenadoria da Mulher, Agosto Lilás, Evento, Canteiro de Obra, construção civil

Trabalhadores da construção civil participam de ação educativa de combate à violência contra a mulher

foto do evento no canteiro de obra
A ação educativa foi conduzida pela juíza Graziela Queiroga

Trabalhadores da construção civil em João Pessoa receberam, nesta terça-feira (19), a visita de representantes do Poder Judiciário estadual, da Polícia Civil, dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, Ministério Público do Trabalho e do Sinduscon JP. Eles participaram de uma ação educativa voltada à conscientização de homens sobre a importância do combate à violência contra a mulher.

A iniciativa faz parte também das ações do ‘Agosto Lilás’, campanha de enfrentamento à violência de gênero e a divulgação da Lei Maria da Penha, que mobiliza todo o Brasil, durante o mês de agosto. O projeto tem o apoio da coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça da Paraíba,  tendo à frente a juíza Graziela Queiroga. 

A magistrada destacou que a realização da roda de conversa em canteiros de obras foi escolhida de forma estratégica por ser um ambiente majoritariamente masculino, mesmo com o aumento da presença de mulheres nesses locais de trabalho, além de reforçar a necessidade de se promover o respeito mútuo e a igualdade de gênero.

“Aqui o alicerce é o respeito. Este projeto foi retomado pela Polícia Civil e nós apoiamos. Nesta ação nos canteiros de obra objetivamos conscientizar, não só os trabalhadores, mas também os donos, os empresários a manterem em seus calendários, em seus eventos, conversas sobre este tema relevante, cujos dados alarmantes demonstram a necessidade de se discutir em todas as camadas sociais o combate à violência contra a mulher”, ressaltou a magistrada. 

A coordenadora comentou, ainda, que a conversa é conduzida por policiais civis homens, que atuam nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, ocasião em que dão informações sobre os diferentes tipos de violência doméstica e familiar e como funciona o atendimento às vítimas nas delegacias especializadas.

“A proposta é que os participantes tenham acesso ao conteúdo e também levem o que foi discutido para seus lares e comunidades, atuando como multiplicadores da informação. O foco é prevenir casos de feminicídio, agressões físicas e violência sexual, que ainda têm índices alarmantes”, reforçou a juíza Graziela Queiroga. 

Foto da promotora Romeika
A promotora Rhomeika Porto dirigiu palavra aos trabalhadores

Para a promotora de Justiça, Rhomeika Porto, a ação no canteiro de obras visa combater a violência contra a mulher, focando em prevenir crimes como feminicídio, violência sexual e lesões corporais. “A iniciativa busca educar e conscientizar, especialmente homens, sobre a igualdade de direitos, respeito às mulheres e a importância de combater a violência, incentivando-os a replicar essa mensagem em casa, no trabalho e em todos os ambientes”, comentou.

Por sua vez, a coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), delegada Maria Sileide de Azevedo, disse que “o objetivo é dialogar sobre o tema, conscientizar sobre o papel de cada indivíduo e mostrar que homens e mulheres precisam trabalhar juntos para combater a violência”.

O empresário Roberto Gadelha, do grupo Delta, compartilhou a experiência da empresa em capacitar mulheres para trabalhar em um ambiente tradicionalmente masculino, destacando a importância de mudar comportamentos e educar para o respeito. Ele expressou a satisfação em receber o projeto e propôs replicar as palestras em outros canteiros, oferecendo uma agenda contínua para reforçar a conscientização.

Também participando da ação educativa, a procuradora regional dos Direitos do Cidadão do MPF, Janaína Andrade, abordou a mobilização para combater a violência contra a mulher, enfatizando que este tipo de violência é um problema multifacetado (jurídico, econômico, social e político), que exige ação conjunta de órgãos e sociedade. 

“Há a necessidade de mudar a cultura machista e patriarcal através de educação e conscientização, incluindo a comunicação em espaços tradicionalmente masculinos”, reforçou.

O procurador do Ministério Público do Trabalho, Raulino Maracajá, ressaltou a importância de discutir a violência contra a mulher no setor da construção civil, buscando o engajamento social para combater os altos índices de violência contra a mulher no Brasil. “O objetivo é conscientizar homens, pais, irmãos e avôs, sobre os malefícios e prejuízos da violência, lembrando que ela ocorre em diversos ambientes, inclusive no trabalho, e que eles podem ser agentes de mudança”, pontuou. 

Por fim, o vice-presidente de Relações Trabalhistas do Sinduscon-JP, Ovídio Maribondo, salientou que o Sindicato atua na divulgação da campanha, conectando entidades e programas aos canteiros de obras e empresas, onde há grande concentração de trabalhadores homens, visando aumentar a conscientização, melhorar a saúde mental e social dos trabalhadores, e reduzir os índices de violência.

Agosto Lilás - As ações realizadas pela Coordenadoria da Mulher do TJPB incluem medidas de segurança, apoio jurídico e oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional para vítimas de violência doméstica e ainda atividades educativas em diferentes contextos, incluindo unidades prisionais, onde são promovidas reflexões sobre masculinidade com homens privados de liberdade.

 

Por Lila Santos

Fotos: Ednaldo Araújo

 

Canteiro de Obra
Canteiro de Obra
Canteiro de Obra
Canteiro de Obra
Canteiro de Obra
Canteiro de Obra
Canteiro de Obra
Canteiro de Obra
GECOM - Gerência de Comunicação
  • Email: imprensa@tjpb.jus.br
  • Telefone: (83) 3612-6711