Infância e Juventude apoia Mutirão da Empregabilidade Inclusiva em Campina e Queimadas
Um mutirão voltado à oferta de empregos com caráter inclusivo aconteceu nos Municípios de Campina Grande e Queimadas. A iniciativa tem o apoio das Varas da Infância e Juventude das Comarcas das respectivas cidades. Em Campina, o evento ocorreu na sede do Instituto de Educação e Assistência aos Cegos do Nordeste (Iceno). Em Queimadas, a ação foi desenvolvida no Mercado Público. O projeto é uma promoção da empresa Alpargatas, em parceria com a Prefeitura Municipal de Campina, por meio da Gerência da Pessoa com Deficiência.
O mutirão da empregabilidade inclusiva reuniu representantes do setor público, da iniciativa privada e da sociedade civil. O objetivo foi a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e teve o apoio, ainda, do projeto Colo de Mãe.
Ao participar do evento, o titular da Infância e Juventude de Campina Grande, juiz Perilo Lucena, destacou que a construção de uma sociedade inclusiva passa, necessariamente, pela articulação entre políticas públicas eficazes e ações concretas da iniciativa privada.
"A cidadania plena das pessoas com deficiência só será possível com oportunidades reais. Precisamos de políticas públicas, sim, mas também de um compromisso ético das empresas em abrir espaços e valorizar as capacidades dessa parcela da sociedade", explicou o magistrado.
O diretor do Instituto Alpargatas, Berivaldo Araújo, lembrou que o evento é o 2° Mutirão de Empregabilidade Inclusiva da Alpargatas Campina Grande com parceiros. Ele enfatizou que o encontro foi mais um projeto de promoção de igualdade de oportunidades que reforça o compromisso da empresa com a garantia de direitos, cidadania, inclusão, diversidade e equidade, além da geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
“Ações como esta fortalecem nossa trajetória de responsabilidade social e sustentabilidade corporativa”, evidenciou.
Integrante da direção do Iceno, John Queiroz ressaltou a importância do evento ofertar empregos às pessoas com deficiência, observando a participação do Instituto em edições anteriores do evento e a baixa procura por parte do público-alvo. Segundo pontuou, o fato de haver uma rede de proteção social em torno da pessoa com deficiência, citando os amparos sociais, faz com que ela não queira trocar o certo pelo duvidoso.
“Sempre nos foi alegado que era a questão da qualificação, mas não é, há um outro aspecto. Se porventura houvesse uma lei que permitisse a pessoa com deficiência trabalhar, mesmo ela tendo um amparo social, e houvesse uma concessão de seis meses a um ano, para dar baixa nesse benefício, possivelmente teríamos uma mobilização maior. Isto, de forma que a pessoa com deficiência pudesse buscar o mercado de trabalho”, realçou.
Por Lila Santos
Fotos: Vara da Infância e Juventude de CG