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Publicado em: 07/01/2025 - 16h15 Atualizado em: 07/01/2025 - 18h55 Comarca: João Pessoa Tags: Infância e Juventude, Coinju, Infância, juventude, Depoimento Especial

Coinju vai priorizar depoimentos especiais de crianças vítimas de violência, em 2025

Equipe da Coinju do Tribunal de Justiça da Paraíba
Equipe da Coinju do Tribunal de Justiça da Paraíba

A Coordenadoria da Infância e Juventude (Coinju) do Tribunal de Justiça da Paraíba já definiu um dos seus principais eixos de atuação para 2025: os depoimentos especiais de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. O coordenador da Coinju, juiz Adhailton Lacet Correia Porto, disse que o TJPB vai disciplinar a matéria, por resolução, inclusive com a ampliação da equipe que vai atuar na Coordenadoria. Segundo o magistrado, toda criança ou adolescente vítima ou testemunha de algum tipo de violência, tem que ser, obrigatoriamente, ouvida por uma equipe técnica ou pessoa capacitada para a tomada do depoimento especial, com base no Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense (PBEF), como prevê a lei nº 13.431/2017.

O Protocolo Brasileiro de Entrevista Forense consiste em um método de entrevista semiestruturado, flexível e adaptável ao desenvolvimento das crianças e adolescentes, para facilitar a escuta protegida sobre alegações de violência contra eles perante as autoridades. O PBEF, conforme o artigo 12 da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, contribui para ampliar as oportunidades para que as crianças sejam ouvidas em todos os processos judiciais e administrativos que lhes afetem. O Protocolo também foi formulado em consequência da implementação da Lei n. 13.431/2017 e oferece uma metodologia de tomada de depoimento especial.

Juiz Adhailton Lacet Correia Porto
Juiz Adhailton Lacet Correia Porto

Segundo o coordenador da Coinju/TJPB, o trabalho das entrevistadoras tem obtido um resultado bastante positivo, recebendo elogios de muitos juízes e juízas que solicitaram o depoimento especial. “Embora a equipe especializada para a tomada do Depoimento Especial seja reduzida ela vem realizando um grande trabalho e o Tribunal de Justiça da Paraíba já estuda, por meio de uma comissão, a possibilidade de ampliar essa equipe. Em breve, teremos uma nova resolução disciplinando em todo o Estado a tomada dos depoimentos especiais”, adiantou Adhailton Lacet Correia Porto.

O magistrado ainda adiantou que este vai dar todo o apoio necessário às varas com competência infantojuvenil e pretende reduzir o prazo para agendamento dos depoimentos especiais. “Também vamos ouvir os magistrados e magistradas sobre sugestões que possam ser implantadas para a melhoria da prestação jurisdicional na área da Infância e Juventude e promover o Encontro Estadual dos Juízes e Juízas da Infância e Juventude, para a troca de boas práticas, do nosso e de outros estados da Federação”, revelou o coordenador.

Competência - A Coordenadoria da Infância e Juventude é um órgão de atuação programática, subordinado à Presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba, criado pela Lei nº 6.084/95 e regulamentada a sua competência pela Portaria nº 445/996. A Coinju tem competência para auxiliar a Presidência do TJPB na área administrativa da Infância e Juventude. É uma das coordenadorias mais antigas do Brasil e também integra o Colégio Brasileiro de Coordenadorias da Infância e Juventude dos Tribunais de Justiça do Brasil, do qual Adhailton Lacet já foi vice-presidente por duas gestões

Por Fernando Patriota

 

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